sexta-feira, 9 de março de 2012

O amor é de outro mundo


 Ontem conheci alguém que não vale a pena. Digo, não foi ontem, mas está no passado então prefiro um passado mais próximo do que um carregado de dias perdidos. Continuando, ontem conheci alguém que não vale a pena. Meus amigos, primos, dupla personalidade e cachorro falaram que ela não valia a pena. Então deve ser verdade, não? Eu sabia que quando um amigo diz "Não assiste esse filme, não vale a pena.", era verdade. Nunca assisti um filme, ou li um livro quando me falaram que eu seria decepcionada.
Mas a pessoa se fez valer. Ela é um daqueles extra terrestres que fazem a gente beber o café da segunda xícara e ainda chamamos o garçom para outra rodada. Alcoolizados com cafeina e bêbados de ilusão. Você nem gostava tanto de café, e se descobre um viciado patético pelas duas novidades que embrulham o seu estômago. Tudo se mostra questão de tempo, tempo para entrar naquela perda de tempo e tempo para tentar sair do tempo perdido. Durante aquele temporário, é flores.
E você que nem se considerava poeta se pega dizendo aos seus amigos que valer a pena é questão de fazer acontecer e todos os textos e músicas fazem um sentido absurdo.
Então o mundo desmorona.
Ontem eu conheci alguém que não valia a pena e mesmo descobrindo um dia depois, meu coração explodiu. Explodiu feito uma bomba atômica, deixando qualquer coisa bonita, finda e sorridente, irreconhecível.
Fui tomar o café de sempre, aquele mesmo que ontem tomei enquanto soltava felicidade entre dentes. O café estava frio. Fui passear pelo parque olhando os cachorros correndo atrás de seus discos. Não tinha nenhum cachorro.
Extra terrestre é uma coisa difícil de aceitar. Fazem a gente acreditar em magia, dizer para todo mundo e quando nos acostumamos: Lá vão eles no seu disco voador, atrás de algo que quem sabe para eles... possa valer a pena.

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